Olhar Anglicano | Da Redação
Ontem estreou pelo canal HBO a 5ª Temporada do seriado Game Of Thornes, sucesso praticamente garantido de audiência. E segundo informações do portal G1, quatro episódios da nova temporada vazaram na web, e só ontem atingiu mais de 100 mil downloads - isso, apenas uma hora antes da estreia mundial da nova temporada. Aqui no Brasil também foi possível assistir o primeiro episódio no canal Cinemax. Contudo, ao invés de spoliers, a redação do Olhar Anglicano trás para o leitor uma entrevista dada pelo escritor Bráulio Tavares ao jornal Estado de Minas.
Bráulio Tavares: O Senhor dos Anéis é um livro mais para adultos do que para crianças como tinha sido O Hobbit, embora o encanto e o poder mítico das suas imagens e narrativas interessassem igualmente à garotada mais jovem. Tolkien recebeu criticas, quando lançou sua trilogia, de que seu universo era muito heroico e grandioso, mas faltava um pouco de malicia contemporânea. O que é meio injusto, porque o mundo de Tolkien é só dele. Game Of Thrones é menos baseado em mitos e épicos, é contemporâneo. Está mais próximo das intrigas palacianas dos antigos folhetins, ou da pulp fiction de todo tipo.
A que credita o sucesso da série, tanto em livro quanto na TV?
Bráulio Tavares: Tem várias coisas. Martin, para mim, é um autor de ficção científica que a acerta altura criou uma série de fantasia de sucesso. Isso já ocorreu com Michael Moorcok, Fritz Leiber, entre outros. Martin é um bom desenhador de personagens, mas eu só li os livros depois de ver a série, então minha leitura já está contaminada pelo elenco, os cenários, etc. As tramas dele são bem urdidas, o melodrama é intenso quando cabe, tem também umas passagens engraçadas. A violência é grande, mas isso é por toda parte.
O boom acarretado por Game Of Thrones viu crescer o número de autores de fantasia. Há alguns nomes que você destaca?
Bráulio Tavares: Como gênero literário, a fantasia sempre teve peso. Se não me engano, antes de Martin aqui no Brasil já tinham sido traduzidos Robert Jordan, Tolkien, Robert Howards e outros. Admiro a fantasia heroica, mas meu temperamento me inclina para fantasias contemporâneas, urbanas, como Tim Powers ou Jonathan Carroll. Mas sempre acho interessantes os autores capazes de fazer obras marcantes tanto na fantasia heroica quanto na ficção científica.
Fonte da entrevista: Jornal Estado de Minas, Caderno de Cultura, pg. 6, 12/04/2015. Foto: G1;
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