Imagem 1
Imagem 1
Formação Ministerial
Imagem 2
Discernimento Vocacional
Imagem 3
Residência Missionária
Imagem 4
Teologia Vocacional

Ser um Obrero Aprovado

“Procura apresentar-te a Deus, aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.”

2 Timóteo 2:15

Imagem

VOCÊ SABIA?

Os recursos que você investe em sua formação teologia e ministerial na Academia de Liderança da NAMS é integralmente revertido para a obra missionária no Brasil e na Ásia. Atualmente temos um posto avançado de plantadores de Igrejas no Brasil e apoiamos a formação de cerca de 200 obreiros em países da Ásia em regiões de maioria muçulmana. Você é parte dessa missão!

Saiba mais
Imagem

REVISTA BÁCULO

Com mais de 5 anos de existência, a Revista Báculo já é um marco importante da mídia evangélica no Brasil. Todos os meses, nossa revista proporciona ao leitor artigos, estudos, entrevistas e análises relevantes para a vida cristã e para o ministério. Aqui no site você tem acesso a todas as edições já publicadas.

Download
Imagem

VOCÊ SABIA?

Os recursos que você investe em sua formação teologia e ministerial na Academia de Liderança da NAMS é integralmente revertido para a obra missionária no Brasil e na Ásia. Atualmente temos um posto avançado de plantadores de Igrejas no Brasil e apoiamos a formação de cerca de 200 obreiros em países da Ásia em regiões de maioria muçulmana. Você é parte dessa missão!

Saiba mais

REVISTA BÁCULO

Com mais de 5 anos de existência, a Revistá Báculo já é um marco importante da mídia evangélica no Brasil. Todos os mêses, nossa revista proporciona ao leitor artigos, estudos, entrevistas e análises relevantes para a vida cristã e para o ministério. Aqui no site você tem acesso a todas as edições já publicadas.

Download
Imagem

Nosso Blog

Imagem

FORMAÇÃO MINISTERIAL

Ao estudar com a gente você apoia a obra missionária no Brasil e na Ásia e conta com um conteúdo de primeira qualidade! E você pode escolher quais módulos se encaixam melhor em sua formação teológica e ministerial. Além disso, ao completar os créditos educativos necessários você adquire o Diploma de Bacharel em Teologia chancelado pela New Anglican Missionary Society (NAMS)

Conheça
Imagem

DISCERNIMENTO VOCACIONAL

Nós ajudamos você a descobrir o chamado de Deus para a sua vida. E mais do que isso, te ajudamos a discernir como o chamado de Deus para o seu Ministério pessoal se conecta com o contextual atual da Igreja no mundo. Mais do que nunca, precisamos de pessoas comprometidas com o Evangelho denuíno no Brasil e no mundo. Seja parte da mudança.

Conheça
Imagem

RESIDÊNCIA MISSIONÁRIA

Nossa escola é chancelada pela New Anglican Missionary Society(NAMS), sediada na Carolina do Sul (EUA). Apoiamos a NAMS em suas iniciatias missionárias ao redor do mundo, como é o caso da Residência Missionária, um projeto ousado que possibilita estar a serviço da Igreja de Cristo em diversos locais do mundo.

Conheça
Imagem

TEOLOGIA VOCACIONAL

A Vocação Cristã não se limita aos dons ministeriais ou ao Ministério Ordenado. Na verdade, uma das grandes contribuições de Lutero para a teologia cristã foi uma visão bíblica da vocação, na qual cada pessoa, cada profissão e cada ato da Igreja no mundo é parte da missão do Deus Trinitariano na História. Esse curso irá transformar sua visão da vida e da vocação cristãs.

Conheça
Imagem

FORMAÇÃO MINISTERIAL

Ao estudar com a gente você apoia a obra missionária no Brasil e na Ásia e conta com um conteúdo de primeira qualidade! E você pode escolher quais módulos se encaixam melhor em sua formação teológica e ministerial. Além disso, ao completar os créditos educativos necessários você adquire o Diploma de Bacharel em Teologia chancelado pela New Anglican Missionary Society (NAMS)

Conheça

DISCERNIMENTO VOCACIONAL

Nós ajudamos você a descobrir o chamado de Deus para a sua vida. E mais do que isso, te ajudamos a discernir como o chamado de Deus para o seu Ministério pessoal se conecta com o contextual atual da Igreja no mundo. Mais do que nunca, precisamos de pessoas comprometidas com o Evangelho denuíno no Brasil e no mundo. Seja parte da mudança.

Conheça
Imagem

sábado

Opinião: Thalles Roberto, doença e sintomas.


Rev. Marcelo Lemos

Depois da polêmica envolvendo a Bíblia do Thalles (veja aqui), Thalles Roberto volta ao centro do furação, e desta vez, até alguns de seus fãs mais inebriados podem estar sentido aquela pontinha de “vergonha alheia”. O cantor gospel aparece em vídeo recente afirmando ter dito a Deus que estava “acima da média” quanto comparado aos demais cantores do cenário gospel, ao que Deus teria respondido: “você está entre gente fraca, quero ver você ter sucesso entre os grandes”. Tudo isso para justificar sua saída do cenário gospel, e abraçar o ainda mais rico cenário da música secular. Segundo Thalles, tudo em nome da Evangelização, claro; e mais: a mando direto do próprio Criador. Sendo assim, quem são os estúpidos corajosos o bastante para questionar suas decisões e declarações inspiradas pelo próprio Jeová, não é mesmo?


Com a nova polêmica bombando na Internet, a assessoria de imprensa do cantor achou melhor divulgar uma nota de esclarecimento - que talvez convença aqueles fãs ávidos por qualquer justificativa que amenize o tom presunçoso de seu ídolo... Mas, para bom entendedor, o remendo ficou maior que o rasgo. Vamos dar uma olhada na resposta de Thalles. Mas, antes, vale a pena destacar que Thalles Roberto é apenas um sintoma da condição moral, espiritual e doutrinária da Igreja Evangélica no Brasil.

Ele e boa parte dos artistas que parasitam a Igreja, não são necessariamente a doença, são os sintomas, como a febre é sintoma de que algo de ruim acontece com o corpo. Temos uma Igreja débil, irrelevante, mundana, anti-intelectualista, e muitos ministérios surgem para atender a uma demanda de mercado gerada por essa “igreja”. Thalles não criou um novo mercado de consumo para os crentes, ele apenas oferece aquilo que o mercado deseja – e é muito bem pago para isso. Como ele mesmo diz, ou o deus dele parece ter dito, entre tanta gente ruim artisticamente, alguém “acima da média” só poderia mesmo ficar milionário. Do ponto de vista econômico não tenho nada contra empreendimentos do tipo; agora, só não confundam isso com o Evangelho, com a Evangelização dos perdidos, nem com Avivamento. Trata-se apenas das leis de mercado em funcionamento. Nem mais, nem menos.

Dito isso, vejamos que tipo de “ministério” a Igreja evangélica gosta de consumir.

1. Ministérios pautados pela presunção pessoal.

A humildade passa longe de boa parte de nossos púlpitos, ministérios ou artistas. Aparentemente, a fim de fazer sucesso no mercado evangélico é preciso uma boa dose de auto-promoção, especialmente se recheada de alguma palavra divina bem convenientemente dirigida ao artistas, conferencista, auto-proclamados apóstolos, e assim por diante. A nota de impressa divulgada pela assessoria de Thalles não deixa por menos:

Amados , bom dia ! Eu gostaria de falar com todos, de uma vez a respeito de uma palavra que ministrei em Brasília há duas noites atrás ! Um impacto!

Sim, um impacto! E foi tão grande que abalou até o ministério pessoal do cantor, cuja assessoria parece ter vislumbrado certo abalo mais sério... quem sabe nas finanças.

Imagine qual deve ser a reação dos artistas que Deus contou para Thalles serem menores, e muito menos competentes que o Pop Star gospel? Pode ser que eles não concordem com tais elogios vindo de Deus para eles, não é mesmo? Afinal, quase todos eles fazem sua própria auto-promoção, afirmando que foram chamados e ungidos para fazerem exatamente o que fazem. Ou vai ver Deus tem aminêsia, e já se esqueceu de ter falado com quase todos eles. Ou então Thalles é o único fiel a chamada. Ou talvez tenha Deus lhe dado algo que não deu aos demais. Seja como for, como isso afetará a popularidade, e consequentemente, as finanças do cantor? Bem, pelo que vemos, sua acessoria de imprensa achou por bem não se arriscar de mais, e tentou consertar a bobagem.

Mas, como diz um ditado, raposa velha perde o pelo mas não perde o vício. Numa nota ofical que deseja se desfazer da evidente presunção demostrada pelo cantor em um vídeo, o mesmo vem a público fazer mais propaganda de sua “unção” de levita, descrevendo sua ministração presunçosa como “um impacto”. Uau!

Pessoalmente aprendi que uma das qualidades do ministro cristão é a humildade, e o reconhecimento de que se algo de bom vier através de nós, devemos simplesmente olhar para os céus e clamar “Soli Deo Glória”. Na verdade, talvez aqueles que recebem o privilégio de ministrar algo para a Igreja devessem ser lembrados que Deus usou até uma jumenta... Mas, isso não rende dividendo, concordam? Então, para quem precisa viver do peixe que vende o melhor mesmo é não perder a chance de ficar sob os holofotes.

2. Ministérios pautados por achismos gospeis.

A próxima declaração do cantor continua recheada de auto-promoção, como “tenho buscado a Deus de de uma forma mais intensa ultimamente” (coisa que Jesus condena fazermos, atribuindo esse tipo de auto-promoção aos fariseus); ou esta outra “me tornei esse FURACÃO de sucesso”. E o furacão está em letras maiúsculas por iniciativa do próprio Thalles, ou de sua assessoria. Não me surpreende, e já comentamos sobre essa necessidade de auto-promoção do mercado. Mas, é o finalzinho do parágrafo que me faz ter calafrios ainda maiores:

Eu tenho buscado a Deus de uma forma mais intensa ultimamente ! Desde que me tornei esse "FURACÃO " de sucesso eu tenho clamado a Deus pra que o meu sucesso nunca me roubasse a VERDADE, a minha verdade!”.

O cantor não se dá por satisfeito em afirmar que espera não perder a Verdade, precisa esclarecer do que está falando, e é “a minha verdade”. Pelo menos ele é honesto, não se trata da verdade bíblica, não se trata da verdade do Evangelho, e sim de qualquer outra coisa da qual ele pode dizer “a minha verdade”. Uau! E desde quanto Thalles Roberto tem uma verdade para chamar de sua?

Infelizmente, essa é outra característica da Igreja gospel, cujos artistas e promotores reproduzem o que ela quer, e lucram. Geralmente eles descrevem esse tipo de besteirol como revelação, iluminação, palavra profética, sonhos e visões... eu chamo apenas de achismo gospel. Na pior das hipóteses, profetada gospel também serve. Mas, convenhamos, num cenário religioso onde a Bíblia se torna cada vez mais secundária, e ministérios personalistas cada vez em maior evidência, não é de surpreender que um animador de bodes faça a Igreja engolir uma declaração tão estapafúrdia, apóstata e ímpia quanto “a minha verdade”.

3. Ministérios orientados pela e para a auto-ilusão.

Toda essa polêmica, como já pontuamos, se deu quando Thalles tentou justificar que agora estará de volta ao cenário da música secular. Pessoalmente nada tenho contra. Arte é arte, e o cristão não precisa fazer arte gospel, só precisa fazer arte que reflita a cosmovisão cristã.

Aliás, cristão que faz arte gospel já tem algo de errado em sua visão de mundo, simplesmente transformando a Igreja em um gueto consumista alheio a realidade a sua volta, no qual apesar de não se consumir maconha ou pó, bebe-se muita “vitória com sabor de mel”, e coisitas más... Thalles quer fazer música voltada para todos os públicos? Acho válido. Muito mais válido que fazer música de gueto, em minha opinião. Agora, de boas intenções dizem que o Inferno está cheio.

Quanto ao Inferno não sei dizer, mas quanto ao cenário gospel... Bem, o que não falta por aqui é auto-ilusão. Gritos, berros, danças, palavras proféticas, atos proféticos, e... e nada, além da costumeira histeria. A igreja torna-se cada vez mais secularizada, e a cultura que nos cerca cada vez mais mergulhada em pecado, violência e corrupção. Mas, nada disso importa, os que vivem do mercado gospel continuam a bradar aos quatro ventos: “O Brasil, tá tudo dominado”. Thalles sabe o poder dessa ilusão auto-imposta, e declara: “Mudar a cultura desse país através da luz que pode ser PLANTADA em cada coração através da música de alguém que tem o ESPÍRITO DO DEUS VIVO! O diabo está destruindo o mundo através da arte , da cultura , ele está colocando pessoas podres em evidência , reinando sobre os montes e isso não pode continuar! Nós temos que reinar nesse monte, essa geração tem que ser influenciada por alguém que conhece o espírito de DEUS e o que ele pode fazer na vida do homem”.

Em outras palavras, Thalles deseja sair do gueto gospel e atingir um público maior, a fim de transformar a cultura brasileira como um todo. Uau! Que meta maravilhosa. Só tem um problema: como ele pretende fazer isso se não foi capaz de mudar em nada o estado deprimente no qual a Igreja evangélica se encontra? Ou ele acha que transformar a cultura é fazer as pessoas dançarem, imitarem animais silvestres no culto, e falar gíria de crente? Talvez para Thalles e seus fãs, que são muitos, o dia em que cada brasileiro estiver dando chiliques gospel em cada esquina, estará tudo dominado – ainda que a Igreja e a Nação continuem mergulhadas em escuridão e morte.

Por fim, Thalles termina com um pedido bem interessante: “Na verdade , o que eu preciso de todos não são pedradas e acusação e SIM ORAÇÃO!”.

Thalles Roberto é tudo o que é, segundo sua versão da história, porque teve o que ele chama de Primeira Visitação, na qual Deus falou com ele pessoalmente, convertendo-o. Agora, ele irá impactar o Brasil como resultado de uma Segunda Visitação. Se um dia chegarmos ao ponto de existir uma Igreja Thallesiana, certamente essa Primeira e Segunda Visitações serão alvos de estudos teológicos, apologias e debates, como acontece hoje com as visitações de gente como Josep Smith, o fundamento da seita mórmon.

Uma pena que o deus que falou nas visitações de Thalles não se pareça tanto com o Deus que fala nos Evangelhos. Porque o Deus que fala através daquela que é a única Palavra de Deus jamais exalta o homem, antes o humilha. Tivesse sido visitado pelo Deus da Bíblia, o artista jamais descreveria a si mesmo como “eu ainda sou o Thalles Roberto, homem de Deus, comprometido com o Reino, sem mancha, sem pecado encoberto, sem sujeira debaixo dos panos... estou debaixo de uma ordem que veio LÁ DE CIMA”. Uau! Minha Nossa! Que grande cara você é! Parabéns.

Pena não ser assim que falaram os que verdadeiramente foram inspirados pelo Espírito de Deus, como S. Paulo: “Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Dou graças a Deus por Jesus Cristo, Senhor Nosso” (Romanos 7: 24,25a).


Mas, é o que tem pra hoje! Uma Igreja que valoriza, e deixa milionários, os presunçosos, ignorantes de Bíblia e auto-iludidos. E isso porque ela mesma, a Igreja, é tudo isso também. Que Deus tenha piedade de nós. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário, teremos prazer de publicar sua opinião, e se preciso, responder. Envie-nos sugestoes, ou perguntas a respeito da Igreja Anglicana Reformada do Brasil, e da Free Church Of England.

Conteúdo Secundário

Imagem

RESIDÊNCIA MISSIONÁRIA

Nossa escola é chancelada pela New Anglican Missionary Society(NAMS), sediada na Carolina do Sul (EUA). Apoiamos a NAMS em suas iniciatias missionárias ao redor do mundo, como é o caso da Residência Missionária, um projeto ousado que possibilita estar a serviço da Igreja de Cristo em diversos locais do mundo.

Conheça

TEOLOGIA VOCACIONAL

A Vocação Cristã não se limita aos dons ministeriais ou ao Ministério Ordenado. Na verdade, uma das grandes contribuições de Lutero para a teologia cristã foi uma visão bíblica da vocação, na qual cada pessoa, cada profissão e cada ato da Igreja no mundo é parte da missão do Deus Trinitariano na História. Esse curso irá transformar sua visão da vida e da vocação cristãs.

Conheça
Imagem

sábado

Opinião: Thalles Roberto, doença e sintomas.


Rev. Marcelo Lemos

Depois da polêmica envolvendo a Bíblia do Thalles (veja aqui), Thalles Roberto volta ao centro do furação, e desta vez, até alguns de seus fãs mais inebriados podem estar sentido aquela pontinha de “vergonha alheia”. O cantor gospel aparece em vídeo recente afirmando ter dito a Deus que estava “acima da média” quanto comparado aos demais cantores do cenário gospel, ao que Deus teria respondido: “você está entre gente fraca, quero ver você ter sucesso entre os grandes”. Tudo isso para justificar sua saída do cenário gospel, e abraçar o ainda mais rico cenário da música secular. Segundo Thalles, tudo em nome da Evangelização, claro; e mais: a mando direto do próprio Criador. Sendo assim, quem são os estúpidos corajosos o bastante para questionar suas decisões e declarações inspiradas pelo próprio Jeová, não é mesmo?


Com a nova polêmica bombando na Internet, a assessoria de imprensa do cantor achou melhor divulgar uma nota de esclarecimento - que talvez convença aqueles fãs ávidos por qualquer justificativa que amenize o tom presunçoso de seu ídolo... Mas, para bom entendedor, o remendo ficou maior que o rasgo. Vamos dar uma olhada na resposta de Thalles. Mas, antes, vale a pena destacar que Thalles Roberto é apenas um sintoma da condição moral, espiritual e doutrinária da Igreja Evangélica no Brasil.

Ele e boa parte dos artistas que parasitam a Igreja, não são necessariamente a doença, são os sintomas, como a febre é sintoma de que algo de ruim acontece com o corpo. Temos uma Igreja débil, irrelevante, mundana, anti-intelectualista, e muitos ministérios surgem para atender a uma demanda de mercado gerada por essa “igreja”. Thalles não criou um novo mercado de consumo para os crentes, ele apenas oferece aquilo que o mercado deseja – e é muito bem pago para isso. Como ele mesmo diz, ou o deus dele parece ter dito, entre tanta gente ruim artisticamente, alguém “acima da média” só poderia mesmo ficar milionário. Do ponto de vista econômico não tenho nada contra empreendimentos do tipo; agora, só não confundam isso com o Evangelho, com a Evangelização dos perdidos, nem com Avivamento. Trata-se apenas das leis de mercado em funcionamento. Nem mais, nem menos.

Dito isso, vejamos que tipo de “ministério” a Igreja evangélica gosta de consumir.

1. Ministérios pautados pela presunção pessoal.

A humildade passa longe de boa parte de nossos púlpitos, ministérios ou artistas. Aparentemente, a fim de fazer sucesso no mercado evangélico é preciso uma boa dose de auto-promoção, especialmente se recheada de alguma palavra divina bem convenientemente dirigida ao artistas, conferencista, auto-proclamados apóstolos, e assim por diante. A nota de impressa divulgada pela assessoria de Thalles não deixa por menos:

Amados , bom dia ! Eu gostaria de falar com todos, de uma vez a respeito de uma palavra que ministrei em Brasília há duas noites atrás ! Um impacto!

Sim, um impacto! E foi tão grande que abalou até o ministério pessoal do cantor, cuja assessoria parece ter vislumbrado certo abalo mais sério... quem sabe nas finanças.

Imagine qual deve ser a reação dos artistas que Deus contou para Thalles serem menores, e muito menos competentes que o Pop Star gospel? Pode ser que eles não concordem com tais elogios vindo de Deus para eles, não é mesmo? Afinal, quase todos eles fazem sua própria auto-promoção, afirmando que foram chamados e ungidos para fazerem exatamente o que fazem. Ou vai ver Deus tem aminêsia, e já se esqueceu de ter falado com quase todos eles. Ou então Thalles é o único fiel a chamada. Ou talvez tenha Deus lhe dado algo que não deu aos demais. Seja como for, como isso afetará a popularidade, e consequentemente, as finanças do cantor? Bem, pelo que vemos, sua acessoria de imprensa achou por bem não se arriscar de mais, e tentou consertar a bobagem.

Mas, como diz um ditado, raposa velha perde o pelo mas não perde o vício. Numa nota ofical que deseja se desfazer da evidente presunção demostrada pelo cantor em um vídeo, o mesmo vem a público fazer mais propaganda de sua “unção” de levita, descrevendo sua ministração presunçosa como “um impacto”. Uau!

Pessoalmente aprendi que uma das qualidades do ministro cristão é a humildade, e o reconhecimento de que se algo de bom vier através de nós, devemos simplesmente olhar para os céus e clamar “Soli Deo Glória”. Na verdade, talvez aqueles que recebem o privilégio de ministrar algo para a Igreja devessem ser lembrados que Deus usou até uma jumenta... Mas, isso não rende dividendo, concordam? Então, para quem precisa viver do peixe que vende o melhor mesmo é não perder a chance de ficar sob os holofotes.

2. Ministérios pautados por achismos gospeis.

A próxima declaração do cantor continua recheada de auto-promoção, como “tenho buscado a Deus de de uma forma mais intensa ultimamente” (coisa que Jesus condena fazermos, atribuindo esse tipo de auto-promoção aos fariseus); ou esta outra “me tornei esse FURACÃO de sucesso”. E o furacão está em letras maiúsculas por iniciativa do próprio Thalles, ou de sua assessoria. Não me surpreende, e já comentamos sobre essa necessidade de auto-promoção do mercado. Mas, é o finalzinho do parágrafo que me faz ter calafrios ainda maiores:

Eu tenho buscado a Deus de uma forma mais intensa ultimamente ! Desde que me tornei esse "FURACÃO " de sucesso eu tenho clamado a Deus pra que o meu sucesso nunca me roubasse a VERDADE, a minha verdade!”.

O cantor não se dá por satisfeito em afirmar que espera não perder a Verdade, precisa esclarecer do que está falando, e é “a minha verdade”. Pelo menos ele é honesto, não se trata da verdade bíblica, não se trata da verdade do Evangelho, e sim de qualquer outra coisa da qual ele pode dizer “a minha verdade”. Uau! E desde quanto Thalles Roberto tem uma verdade para chamar de sua?

Infelizmente, essa é outra característica da Igreja gospel, cujos artistas e promotores reproduzem o que ela quer, e lucram. Geralmente eles descrevem esse tipo de besteirol como revelação, iluminação, palavra profética, sonhos e visões... eu chamo apenas de achismo gospel. Na pior das hipóteses, profetada gospel também serve. Mas, convenhamos, num cenário religioso onde a Bíblia se torna cada vez mais secundária, e ministérios personalistas cada vez em maior evidência, não é de surpreender que um animador de bodes faça a Igreja engolir uma declaração tão estapafúrdia, apóstata e ímpia quanto “a minha verdade”.

3. Ministérios orientados pela e para a auto-ilusão.

Toda essa polêmica, como já pontuamos, se deu quando Thalles tentou justificar que agora estará de volta ao cenário da música secular. Pessoalmente nada tenho contra. Arte é arte, e o cristão não precisa fazer arte gospel, só precisa fazer arte que reflita a cosmovisão cristã.

Aliás, cristão que faz arte gospel já tem algo de errado em sua visão de mundo, simplesmente transformando a Igreja em um gueto consumista alheio a realidade a sua volta, no qual apesar de não se consumir maconha ou pó, bebe-se muita “vitória com sabor de mel”, e coisitas más... Thalles quer fazer música voltada para todos os públicos? Acho válido. Muito mais válido que fazer música de gueto, em minha opinião. Agora, de boas intenções dizem que o Inferno está cheio.

Quanto ao Inferno não sei dizer, mas quanto ao cenário gospel... Bem, o que não falta por aqui é auto-ilusão. Gritos, berros, danças, palavras proféticas, atos proféticos, e... e nada, além da costumeira histeria. A igreja torna-se cada vez mais secularizada, e a cultura que nos cerca cada vez mais mergulhada em pecado, violência e corrupção. Mas, nada disso importa, os que vivem do mercado gospel continuam a bradar aos quatro ventos: “O Brasil, tá tudo dominado”. Thalles sabe o poder dessa ilusão auto-imposta, e declara: “Mudar a cultura desse país através da luz que pode ser PLANTADA em cada coração através da música de alguém que tem o ESPÍRITO DO DEUS VIVO! O diabo está destruindo o mundo através da arte , da cultura , ele está colocando pessoas podres em evidência , reinando sobre os montes e isso não pode continuar! Nós temos que reinar nesse monte, essa geração tem que ser influenciada por alguém que conhece o espírito de DEUS e o que ele pode fazer na vida do homem”.

Em outras palavras, Thalles deseja sair do gueto gospel e atingir um público maior, a fim de transformar a cultura brasileira como um todo. Uau! Que meta maravilhosa. Só tem um problema: como ele pretende fazer isso se não foi capaz de mudar em nada o estado deprimente no qual a Igreja evangélica se encontra? Ou ele acha que transformar a cultura é fazer as pessoas dançarem, imitarem animais silvestres no culto, e falar gíria de crente? Talvez para Thalles e seus fãs, que são muitos, o dia em que cada brasileiro estiver dando chiliques gospel em cada esquina, estará tudo dominado – ainda que a Igreja e a Nação continuem mergulhadas em escuridão e morte.

Por fim, Thalles termina com um pedido bem interessante: “Na verdade , o que eu preciso de todos não são pedradas e acusação e SIM ORAÇÃO!”.

Thalles Roberto é tudo o que é, segundo sua versão da história, porque teve o que ele chama de Primeira Visitação, na qual Deus falou com ele pessoalmente, convertendo-o. Agora, ele irá impactar o Brasil como resultado de uma Segunda Visitação. Se um dia chegarmos ao ponto de existir uma Igreja Thallesiana, certamente essa Primeira e Segunda Visitações serão alvos de estudos teológicos, apologias e debates, como acontece hoje com as visitações de gente como Josep Smith, o fundamento da seita mórmon.

Uma pena que o deus que falou nas visitações de Thalles não se pareça tanto com o Deus que fala nos Evangelhos. Porque o Deus que fala através daquela que é a única Palavra de Deus jamais exalta o homem, antes o humilha. Tivesse sido visitado pelo Deus da Bíblia, o artista jamais descreveria a si mesmo como “eu ainda sou o Thalles Roberto, homem de Deus, comprometido com o Reino, sem mancha, sem pecado encoberto, sem sujeira debaixo dos panos... estou debaixo de uma ordem que veio LÁ DE CIMA”. Uau! Minha Nossa! Que grande cara você é! Parabéns.

Pena não ser assim que falaram os que verdadeiramente foram inspirados pelo Espírito de Deus, como S. Paulo: “Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Dou graças a Deus por Jesus Cristo, Senhor Nosso” (Romanos 7: 24,25a).


Mas, é o que tem pra hoje! Uma Igreja que valoriza, e deixa milionários, os presunçosos, ignorantes de Bíblia e auto-iludidos. E isso porque ela mesma, a Igreja, é tudo isso também. Que Deus tenha piedade de nós. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário, teremos prazer de publicar sua opinião, e se preciso, responder. Envie-nos sugestoes, ou perguntas a respeito da Igreja Anglicana Reformada do Brasil, e da Free Church Of England.

Total Pageviews

História, Liturgia e Espiritualidade.

Category List

Labels

Blogroll

About

Blogger templates

Formulário de contato

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Olhar Anglicano

História, Liturgia e Espiritualidade.

Pesquisar este blog

Tecnologia do Blogger.

Arquivo Anual


Aviso Legal

Baseado nas garantias fundamentais da Constituição Federal (1988), esse blog vale-se do direito de liberdade de expressão, cuidando para não ferir, sob qualquer pretexto, os direitos de outrem.

O conteúdo aqui publicado pode ser reproduzido livremente, desde que seu uso não tenha fins comerciais.

Series Especiais

Autores

Marcelo Lemos, presbítero da FCE/IARB, é o editor principal do blog e publicamos artigos de diversos autores, inclusive de outras tradições cristãs, desde que condizentes com a linha editorial e teológica que adotamos.

Caso tenha interesse em ter seu texto publicado, favor contactar o editor.

Denunciar abuso

Artigos Mais lidos

Páginas

sábado

Opinião: Thalles Roberto, doença e sintomas.


Rev. Marcelo Lemos

Depois da polêmica envolvendo a Bíblia do Thalles (veja aqui), Thalles Roberto volta ao centro do furação, e desta vez, até alguns de seus fãs mais inebriados podem estar sentido aquela pontinha de “vergonha alheia”. O cantor gospel aparece em vídeo recente afirmando ter dito a Deus que estava “acima da média” quanto comparado aos demais cantores do cenário gospel, ao que Deus teria respondido: “você está entre gente fraca, quero ver você ter sucesso entre os grandes”. Tudo isso para justificar sua saída do cenário gospel, e abraçar o ainda mais rico cenário da música secular. Segundo Thalles, tudo em nome da Evangelização, claro; e mais: a mando direto do próprio Criador. Sendo assim, quem são os estúpidos corajosos o bastante para questionar suas decisões e declarações inspiradas pelo próprio Jeová, não é mesmo?


Com a nova polêmica bombando na Internet, a assessoria de imprensa do cantor achou melhor divulgar uma nota de esclarecimento - que talvez convença aqueles fãs ávidos por qualquer justificativa que amenize o tom presunçoso de seu ídolo... Mas, para bom entendedor, o remendo ficou maior que o rasgo. Vamos dar uma olhada na resposta de Thalles. Mas, antes, vale a pena destacar que Thalles Roberto é apenas um sintoma da condição moral, espiritual e doutrinária da Igreja Evangélica no Brasil.

Ele e boa parte dos artistas que parasitam a Igreja, não são necessariamente a doença, são os sintomas, como a febre é sintoma de que algo de ruim acontece com o corpo. Temos uma Igreja débil, irrelevante, mundana, anti-intelectualista, e muitos ministérios surgem para atender a uma demanda de mercado gerada por essa “igreja”. Thalles não criou um novo mercado de consumo para os crentes, ele apenas oferece aquilo que o mercado deseja – e é muito bem pago para isso. Como ele mesmo diz, ou o deus dele parece ter dito, entre tanta gente ruim artisticamente, alguém “acima da média” só poderia mesmo ficar milionário. Do ponto de vista econômico não tenho nada contra empreendimentos do tipo; agora, só não confundam isso com o Evangelho, com a Evangelização dos perdidos, nem com Avivamento. Trata-se apenas das leis de mercado em funcionamento. Nem mais, nem menos.

Dito isso, vejamos que tipo de “ministério” a Igreja evangélica gosta de consumir.

1. Ministérios pautados pela presunção pessoal.

A humildade passa longe de boa parte de nossos púlpitos, ministérios ou artistas. Aparentemente, a fim de fazer sucesso no mercado evangélico é preciso uma boa dose de auto-promoção, especialmente se recheada de alguma palavra divina bem convenientemente dirigida ao artistas, conferencista, auto-proclamados apóstolos, e assim por diante. A nota de impressa divulgada pela assessoria de Thalles não deixa por menos:

Amados , bom dia ! Eu gostaria de falar com todos, de uma vez a respeito de uma palavra que ministrei em Brasília há duas noites atrás ! Um impacto!

Sim, um impacto! E foi tão grande que abalou até o ministério pessoal do cantor, cuja assessoria parece ter vislumbrado certo abalo mais sério... quem sabe nas finanças.

Imagine qual deve ser a reação dos artistas que Deus contou para Thalles serem menores, e muito menos competentes que o Pop Star gospel? Pode ser que eles não concordem com tais elogios vindo de Deus para eles, não é mesmo? Afinal, quase todos eles fazem sua própria auto-promoção, afirmando que foram chamados e ungidos para fazerem exatamente o que fazem. Ou vai ver Deus tem aminêsia, e já se esqueceu de ter falado com quase todos eles. Ou então Thalles é o único fiel a chamada. Ou talvez tenha Deus lhe dado algo que não deu aos demais. Seja como for, como isso afetará a popularidade, e consequentemente, as finanças do cantor? Bem, pelo que vemos, sua acessoria de imprensa achou por bem não se arriscar de mais, e tentou consertar a bobagem.

Mas, como diz um ditado, raposa velha perde o pelo mas não perde o vício. Numa nota ofical que deseja se desfazer da evidente presunção demostrada pelo cantor em um vídeo, o mesmo vem a público fazer mais propaganda de sua “unção” de levita, descrevendo sua ministração presunçosa como “um impacto”. Uau!

Pessoalmente aprendi que uma das qualidades do ministro cristão é a humildade, e o reconhecimento de que se algo de bom vier através de nós, devemos simplesmente olhar para os céus e clamar “Soli Deo Glória”. Na verdade, talvez aqueles que recebem o privilégio de ministrar algo para a Igreja devessem ser lembrados que Deus usou até uma jumenta... Mas, isso não rende dividendo, concordam? Então, para quem precisa viver do peixe que vende o melhor mesmo é não perder a chance de ficar sob os holofotes.

2. Ministérios pautados por achismos gospeis.

A próxima declaração do cantor continua recheada de auto-promoção, como “tenho buscado a Deus de de uma forma mais intensa ultimamente” (coisa que Jesus condena fazermos, atribuindo esse tipo de auto-promoção aos fariseus); ou esta outra “me tornei esse FURACÃO de sucesso”. E o furacão está em letras maiúsculas por iniciativa do próprio Thalles, ou de sua assessoria. Não me surpreende, e já comentamos sobre essa necessidade de auto-promoção do mercado. Mas, é o finalzinho do parágrafo que me faz ter calafrios ainda maiores:

Eu tenho buscado a Deus de uma forma mais intensa ultimamente ! Desde que me tornei esse "FURACÃO " de sucesso eu tenho clamado a Deus pra que o meu sucesso nunca me roubasse a VERDADE, a minha verdade!”.

O cantor não se dá por satisfeito em afirmar que espera não perder a Verdade, precisa esclarecer do que está falando, e é “a minha verdade”. Pelo menos ele é honesto, não se trata da verdade bíblica, não se trata da verdade do Evangelho, e sim de qualquer outra coisa da qual ele pode dizer “a minha verdade”. Uau! E desde quanto Thalles Roberto tem uma verdade para chamar de sua?

Infelizmente, essa é outra característica da Igreja gospel, cujos artistas e promotores reproduzem o que ela quer, e lucram. Geralmente eles descrevem esse tipo de besteirol como revelação, iluminação, palavra profética, sonhos e visões... eu chamo apenas de achismo gospel. Na pior das hipóteses, profetada gospel também serve. Mas, convenhamos, num cenário religioso onde a Bíblia se torna cada vez mais secundária, e ministérios personalistas cada vez em maior evidência, não é de surpreender que um animador de bodes faça a Igreja engolir uma declaração tão estapafúrdia, apóstata e ímpia quanto “a minha verdade”.

3. Ministérios orientados pela e para a auto-ilusão.

Toda essa polêmica, como já pontuamos, se deu quando Thalles tentou justificar que agora estará de volta ao cenário da música secular. Pessoalmente nada tenho contra. Arte é arte, e o cristão não precisa fazer arte gospel, só precisa fazer arte que reflita a cosmovisão cristã.

Aliás, cristão que faz arte gospel já tem algo de errado em sua visão de mundo, simplesmente transformando a Igreja em um gueto consumista alheio a realidade a sua volta, no qual apesar de não se consumir maconha ou pó, bebe-se muita “vitória com sabor de mel”, e coisitas más... Thalles quer fazer música voltada para todos os públicos? Acho válido. Muito mais válido que fazer música de gueto, em minha opinião. Agora, de boas intenções dizem que o Inferno está cheio.

Quanto ao Inferno não sei dizer, mas quanto ao cenário gospel... Bem, o que não falta por aqui é auto-ilusão. Gritos, berros, danças, palavras proféticas, atos proféticos, e... e nada, além da costumeira histeria. A igreja torna-se cada vez mais secularizada, e a cultura que nos cerca cada vez mais mergulhada em pecado, violência e corrupção. Mas, nada disso importa, os que vivem do mercado gospel continuam a bradar aos quatro ventos: “O Brasil, tá tudo dominado”. Thalles sabe o poder dessa ilusão auto-imposta, e declara: “Mudar a cultura desse país através da luz que pode ser PLANTADA em cada coração através da música de alguém que tem o ESPÍRITO DO DEUS VIVO! O diabo está destruindo o mundo através da arte , da cultura , ele está colocando pessoas podres em evidência , reinando sobre os montes e isso não pode continuar! Nós temos que reinar nesse monte, essa geração tem que ser influenciada por alguém que conhece o espírito de DEUS e o que ele pode fazer na vida do homem”.

Em outras palavras, Thalles deseja sair do gueto gospel e atingir um público maior, a fim de transformar a cultura brasileira como um todo. Uau! Que meta maravilhosa. Só tem um problema: como ele pretende fazer isso se não foi capaz de mudar em nada o estado deprimente no qual a Igreja evangélica se encontra? Ou ele acha que transformar a cultura é fazer as pessoas dançarem, imitarem animais silvestres no culto, e falar gíria de crente? Talvez para Thalles e seus fãs, que são muitos, o dia em que cada brasileiro estiver dando chiliques gospel em cada esquina, estará tudo dominado – ainda que a Igreja e a Nação continuem mergulhadas em escuridão e morte.

Por fim, Thalles termina com um pedido bem interessante: “Na verdade , o que eu preciso de todos não são pedradas e acusação e SIM ORAÇÃO!”.

Thalles Roberto é tudo o que é, segundo sua versão da história, porque teve o que ele chama de Primeira Visitação, na qual Deus falou com ele pessoalmente, convertendo-o. Agora, ele irá impactar o Brasil como resultado de uma Segunda Visitação. Se um dia chegarmos ao ponto de existir uma Igreja Thallesiana, certamente essa Primeira e Segunda Visitações serão alvos de estudos teológicos, apologias e debates, como acontece hoje com as visitações de gente como Josep Smith, o fundamento da seita mórmon.

Uma pena que o deus que falou nas visitações de Thalles não se pareça tanto com o Deus que fala nos Evangelhos. Porque o Deus que fala através daquela que é a única Palavra de Deus jamais exalta o homem, antes o humilha. Tivesse sido visitado pelo Deus da Bíblia, o artista jamais descreveria a si mesmo como “eu ainda sou o Thalles Roberto, homem de Deus, comprometido com o Reino, sem mancha, sem pecado encoberto, sem sujeira debaixo dos panos... estou debaixo de uma ordem que veio LÁ DE CIMA”. Uau! Minha Nossa! Que grande cara você é! Parabéns.

Pena não ser assim que falaram os que verdadeiramente foram inspirados pelo Espírito de Deus, como S. Paulo: “Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Dou graças a Deus por Jesus Cristo, Senhor Nosso” (Romanos 7: 24,25a).


Mas, é o que tem pra hoje! Uma Igreja que valoriza, e deixa milionários, os presunçosos, ignorantes de Bíblia e auto-iludidos. E isso porque ela mesma, a Igreja, é tudo isso também. Que Deus tenha piedade de nós. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário, teremos prazer de publicar sua opinião, e se preciso, responder. Envie-nos sugestoes, ou perguntas a respeito da Igreja Anglicana Reformada do Brasil, e da Free Church Of England.

Opinião: Thalles Roberto, doença e sintomas.

Rev. Marcelo Lemos Depois da polêmica envolvendo a Bíblia do Thalles (veja aqui) , Thalles Roberto volta ao centro do furação, e d...

NAMS | Academia de Liderança