Rev. Marcelo Lemos
Os batistas americanos entram na guerra sobre o casamento homossexual. Uma das Igrejas Batistas mais antigas e tradicionais do País, a First Baptist Church of Greenville, na Carolina do Sul, decidiu aprovar o "casamento gay" e permitir que homossexuais possam exercer o ministério ordenado. Esta, que foi uma das Igrejas fundadoras da Convenção Batista do Sul (EUA), após uma votação decidiu que não não mais irá desrespeitar os "direitos" de gays, lésbicas, bi-sexuais e transgêneros.
Mas, como isso pode acontecer com eles? Como isso pode acontecer com qualquer outra denominação cristã?
Diante da repercussão, um dos pastores sênios da Igreja justificou dizendo que os costumes cristãos a respeito da família não são orientados pelas Escrituras, mas sim pela época e pela cultura. Ele afirma que se fossemos seguir a Bíblia os homens poderiam se casar com várias mulheres, dormir com suas empregadas, além de outros exemplos. A posição da Igreja nos faz voltar a questão: como o liberalismo teológico começa? Como escrevemos AQUI no blog, eles nunca chegam atropelando, e sim sorrateiramente, minando as bases da fé pouco a pouco.
Sobre isso vale recordar que quando a Convenção Batista do Sul optou por ser mais confessional e declarou acreditar na inerrância das Escrituras, a First Baptist Church of Greenville rapidamente desligou-se da convenção. Isso foi a muitas décadas atrás, e talvez os lideres da época, bem como os membros, não imaginassem onde tal caminho os levaria. Mas, uma vez que uma Igreja ou ministério decide que a Bíblia não é inerrante, quão baixo ela pode cair em apostasia? Afinal, se a Bíblia pode errar, e se é o homem moderno que decide o que e válido ou não naquilo que Deus revelou, a conclusão óbvia parece ser que o abismo ficará sempre maior.
Albert Mohler, presidente do Southern Baptist Theological Seminary, escreveu em seu blog um alerta: "Depois que uma Igreja ou Denominação abandona a fé na inerrância das Escrituras, não há mais freio para barrar os efeitos da relativização cultural", e completa dizendo que o caso da First Baptist Church of Greenville implica "grandes lições para cada Igreja, cada Denominação, e cada instituição cristã. Uma vez que a inerrância bíblica é abandonada nada pode impedir o revisionismo teológico e moral. Porque a autoridade da Bíblia torna-se relativa".
Mohler ainda destaca que a mudança de posicionamento da emblemática Igreja deu-se após a mesma aceitar um treinamento oferecido por uma instituição chamada "LGBT Discernment Team". Só que esse tal "discernimento", como escreve o autor em seu blog transformou-se em desastre. Recomendo lerem o artigo, pois nele o autor explica porque é importante não apenas afirmar que cremos ser a Bíblia inspirada, mas também que toda ela é a Verdade.
O site da Anglican Church League, EUA, fez questão de promover a analise de Mohler, afinal, este é um alerta não apenas para os Batistas, mas para todos os cristãos. Aliás, como Mohler comenta em outro artigo seu, se o Anglicanismo certamente morrer, pelo menos se nada for feito para barrar o atropelo dos liberais, afinal, até dinheiro por igrejas eles andam aceitando, como mostramos no artigo "Bispo de Los Angeles persegue cristãos conservadores".
Quando, querido leitor, essa Igreja Batista resolveu aceitar o casamento homossexual? Cronologicamente, claro, foi agora, mas, ao fim e ao cabo, ela fez essa opção quando décadas atrás decidiu que a Bíblia não era mais inerrante.
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