Imagem 1
Imagem 1
Formação Ministerial
Imagem 2
Discernimento Vocacional
Imagem 3
Residência Missionária
Imagem 4
Teologia Vocacional

Ser um Obrero Aprovado

“Procura apresentar-te a Deus, aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade.”

2 Timóteo 2:15

Imagem

VOCÊ SABIA?

Os recursos que você investe em sua formação teologia e ministerial na Academia de Liderança da NAMS é integralmente revertido para a obra missionária no Brasil e na Ásia. Atualmente temos um posto avançado de plantadores de Igrejas no Brasil e apoiamos a formação de cerca de 200 obreiros em países da Ásia em regiões de maioria muçulmana. Você é parte dessa missão!

Saiba mais
Imagem

REVISTA BÁCULO

Com mais de 5 anos de existência, a Revista Báculo já é um marco importante da mídia evangélica no Brasil. Todos os meses, nossa revista proporciona ao leitor artigos, estudos, entrevistas e análises relevantes para a vida cristã e para o ministério. Aqui no site você tem acesso a todas as edições já publicadas.

Download
Imagem

VOCÊ SABIA?

Os recursos que você investe em sua formação teologia e ministerial na Academia de Liderança da NAMS é integralmente revertido para a obra missionária no Brasil e na Ásia. Atualmente temos um posto avançado de plantadores de Igrejas no Brasil e apoiamos a formação de cerca de 200 obreiros em países da Ásia em regiões de maioria muçulmana. Você é parte dessa missão!

Saiba mais

REVISTA BÁCULO

Com mais de 5 anos de existência, a Revistá Báculo já é um marco importante da mídia evangélica no Brasil. Todos os mêses, nossa revista proporciona ao leitor artigos, estudos, entrevistas e análises relevantes para a vida cristã e para o ministério. Aqui no site você tem acesso a todas as edições já publicadas.

Download
Imagem

Nosso Blog

Imagem

FORMAÇÃO MINISTERIAL

Ao estudar com a gente você apoia a obra missionária no Brasil e na Ásia e conta com um conteúdo de primeira qualidade! E você pode escolher quais módulos se encaixam melhor em sua formação teológica e ministerial. Além disso, ao completar os créditos educativos necessários você adquire o Diploma de Bacharel em Teologia chancelado pela New Anglican Missionary Society (NAMS)

Conheça
Imagem

DISCERNIMENTO VOCACIONAL

Nós ajudamos você a descobrir o chamado de Deus para a sua vida. E mais do que isso, te ajudamos a discernir como o chamado de Deus para o seu Ministério pessoal se conecta com o contextual atual da Igreja no mundo. Mais do que nunca, precisamos de pessoas comprometidas com o Evangelho denuíno no Brasil e no mundo. Seja parte da mudança.

Conheça
Imagem

RESIDÊNCIA MISSIONÁRIA

Nossa escola é chancelada pela New Anglican Missionary Society(NAMS), sediada na Carolina do Sul (EUA). Apoiamos a NAMS em suas iniciatias missionárias ao redor do mundo, como é o caso da Residência Missionária, um projeto ousado que possibilita estar a serviço da Igreja de Cristo em diversos locais do mundo.

Conheça
Imagem

TEOLOGIA VOCACIONAL

A Vocação Cristã não se limita aos dons ministeriais ou ao Ministério Ordenado. Na verdade, uma das grandes contribuições de Lutero para a teologia cristã foi uma visão bíblica da vocação, na qual cada pessoa, cada profissão e cada ato da Igreja no mundo é parte da missão do Deus Trinitariano na História. Esse curso irá transformar sua visão da vida e da vocação cristãs.

Conheça
Imagem

FORMAÇÃO MINISTERIAL

Ao estudar com a gente você apoia a obra missionária no Brasil e na Ásia e conta com um conteúdo de primeira qualidade! E você pode escolher quais módulos se encaixam melhor em sua formação teológica e ministerial. Além disso, ao completar os créditos educativos necessários você adquire o Diploma de Bacharel em Teologia chancelado pela New Anglican Missionary Society (NAMS)

Conheça

DISCERNIMENTO VOCACIONAL

Nós ajudamos você a descobrir o chamado de Deus para a sua vida. E mais do que isso, te ajudamos a discernir como o chamado de Deus para o seu Ministério pessoal se conecta com o contextual atual da Igreja no mundo. Mais do que nunca, precisamos de pessoas comprometidas com o Evangelho denuíno no Brasil e no mundo. Seja parte da mudança.

Conheça
Imagem

terça-feira

Qual Tradução da Bíblia Usar?


Rev. Marcelo Lemos

Alguns grupos cristãos debatem energicamente sobre qual melhor tradução da Bíblia está disponível hoje. Para os de Língua Portuguesa, há quem defenda que somente a Tradução Ameida Corrigida Fiel (ACF) deve ser aceita, e que as demais foram corrompidas e fazem parte de uma conspiração contra o Evangelho. Em Inglês, especialmente nos Estados Unidos, há um forte movimento chamado "KJV-only", cujos advogados alegam que somente a tradução chamada King James Version é inspirada pelo Espírito Santo.

Por outro lado, percebe-se uma verdadeira Babel de traduções na Igreja. Sem entrar no mérito ou desmérito das traduções disponíveis, o fato é que existe uma grande confusão atualmente. Pense, por exemplo, nas implicações liturgicas. É comum que as Igrejas hoje não consigam mais fazer uma leitura responsiva da Bíblia, e isso porque cada membro da comunidade leva sua tradução preferida: ARA, ACF, NVI, NTLH, e assim por diante. Com isso, muito da tradição espiritual e liturgica da Igreja corre o risco de se perder, ou de não ter mais a eficácia de tempos passados.

Por essas e outras razões é comum que as Igrejas adotem medidas para lidar com a questão. No Brasil, a Free Church of England - também chamada Igreja Anglicana Reformada do Brasil -, possui uma resolução (no Sínodo de 2013) a respeito das traduções bíblicas autorizadas para o uso liturgico em suas comunidades e paróquias. O documento, disponível para leitura no site, começa explicando as razões para tal resolução existir. São duas:

1. "Diante da grande diversidade de traduções e versões da Bíblia em Língua Portuguesa".

2. "E devido a necessidade de manter os padrões bíblicos na educação cristã, no discipulado, [na] pregação e [na] formação teológica".

Por essas duas razões, a Igreja decidiu selecionar quais versões bíblicas podem ser utilizadas, permitindo, porém, que o uso de outras possam ser solicitadas ao Bispo para "evangelismo e catequese". No entanto, mesmo nestes casos elas não podem ser utilizadas "na pregação, na educação cristã e na formação teológica".

As traduções autorizadas pela Free Church of Englan, no Brasil, são quatro, uma oficial, e outras três alternativas: Bíblia Almeida Século 21 (oficial, para uso em documentos da Igreja, ordenações, etc), Almeida Revista e Atualizada (ARA), Almeida Corrigida Fiel (ACF), e ainda a Tradução Brasileira.

Evidentemente essa resolução diz respeito exclusivamente aos ministros e comunidades sob a jurisdição da Free Church of England, no entanto, também aqueles que não são anglicanos podem tirar algumas lições valiosas a respeito:

Não existe tradução perfeita.


Algumas traduções são melhores que outras, mas nenhuma delas é perfeita. É preciso reconhecer que as traduções bíblicas são produto do trabalho humano, e depende das habilidades de tradução empregadas, dos recursos linguísticos, arqueológicos e documentais disponíveis, e até mesmo da teologia que motiva o empreendimento. Quando uma Igreja ou grupo elege apenas uma tradução como confiável, ou pior ainda, como sendo "perfeita", está fechando os olhos para as evidências, e corre o risco de reproduzir erros cometidos por compiladores e tradutores do passado, ou do presente.

É bom que aqueles que estudam as Escrituras tenham a sua disposição diferentes traduções bíblicas, se possível em mais de um idioma, inclusive em grego e hebraico. Por algum motivo, Deus não quis que os autógrafos dos autores bíblicos fossem preservados, deixando-nos o acesso apenas as suas cópias. Foi através dessas cópias que Deus preservou Sua Palavra para nós, e precisamos dedicar nossos esforços para conhecê-los cada vez melhor. Proibir a investigação bíblica, e o acesso à diferentes familias de manuscritos e traduções, jamais foi exigido por Deus, tratando-se somente de mais uma tradição humana motivada pelo legalismo religioso.

A necessidade de cautela.


A resolução da FCE que estamos usando como referência cita a necessidade de manter "padrões bíblicos" no ensino, na pregação, na formação teológica. Essa cautela é importante, pois além das traduções não serem perfeitas, não é incomum que algumas adotem principios de tradução menos precisos, ou que optem por inserir na tradução as opiniões teológicas dos tradutores. Quem traduziu? Como traduziu? Que compromissos teológicos e ideológicos utilizaram? Todas essas são perguntas legítimas na hora de analisar essa ou aquela tradução das Escrituras.

Um cuidado ainda maior deve ser tomado com relação as chamadas Bíblias de estudo, muitas vezes grandes auxílios para o estudante, mas cujos comentários não devem ser tomados como verdade inconstestável.

Deve ser notado que essa cautela, no entanto, permite o uso em determindas situações de outras traduções da Bíblia, se o Bispo assim autorizar. Ou seja, a FCE não pretende demonizar essa ou aquela versão, esse ou aquele tradutor, mas buscar a harmonia, o consenso e a segurança doutrinária. Em outras palavras, é possível ser cauteloso e responsável sem incorrer no erro de determinados grupos.


Sobre a necessidade de harmonia.


Se por um lado aqueles que proibem novas traduções das Escrituras incorrerem em erro, também é preciso ficar atento às possíveis confussões causadas pelo uso indiscrimidado de diversas traduções. Isso vale especialmente para o uso das Escrituras nos serviços liturgicos. A resolução tomada pela FCE em 2013 é muito sábia ao definir exatamente quais podem ser selecionadas para o exercío da pregação e do ensino.

No entanto, de nada valerá que uma Igreja possa optar entre essas quatro traduções - ou outras - se não houve harmonia na escolha. É verdade que cada ministro e paróquia da FCE pode escolher entre a BS21 e a ACF, ou entre ARA e a TB, mas que utilidade terá essa liberdade de escolha se não for usada com harmonia? De que adianta um Leitor ir ao púlpito com sua Século 21, enquanto o reitor da paróquia prega a partir da Corrigida Fiel? Como a Igreja irá acompanhar harmonicamente o serviço, se há duas, três ou quatro versões nas mãos das pessoas? Em outras palavras, o ideal é que, dentro das opções, cada Igreja decida por aquela tradução que mais se adequa ao seu contexto.

Observações finais.


Diante da leitura do documento supra citado, fica claro a preferência da FCE/IARB pela Bíblia Século 21. Julgo ser esta uma preferência justificável. Trata-se de uma tradução que mantém o estilo clássico das traduções "Almeida", e trás uma linguagem mais acessível, com atualizações que fazem a diferença - bem mais, na minha opinião, do que aquelas que encontramos na Almeida Revista e Atualizada.

O ponto acima é importante, pois uma tradução não precisa ser apenas fiel, mas também acessível à média das pessoas. Uma tradução elegante, com linguagem rebuscada e todo o resto, mas que se mostra de difícil compreensão para o povo comum, mais atrapalha. E creio que a Século 21 consegue equilibrar as duas coisas, estilo e clareza.

Há, admito, em minha preferência pelas traduções "Almeida" uma escolha estética. Devido seu longo uso, e ao estilo próprio e consagrado, as traduções "Almeida" são facilmente reconhecíveis, e fazem parte da tradição espiritual dos protestantes brasileiros. Creio que isso deva ser levado em conta, e valorizado, ainda que sem cair no erro de grupos fundamentalistas. Dito isso, não vejo com bons olhos pregadores e lideranças eclesiásticas que tentam impor novas traduções a seu bel prazer. De certo modo, as traduções bíblicas que utilizamos acabam tornando-se parte de nossa identidade religiosa, mística e cultural; desconsiderar isso é um crime.

Encerrando, quero acreditar que novas e confiáveis traduções continuarão surgindo, para benefício da Igreja, e do mundo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário, teremos prazer de publicar sua opinião, e se preciso, responder. Envie-nos sugestoes, ou perguntas a respeito da Igreja Anglicana Reformada do Brasil, e da Free Church Of England.

Conteúdo Secundário

Imagem

RESIDÊNCIA MISSIONÁRIA

Nossa escola é chancelada pela New Anglican Missionary Society(NAMS), sediada na Carolina do Sul (EUA). Apoiamos a NAMS em suas iniciatias missionárias ao redor do mundo, como é o caso da Residência Missionária, um projeto ousado que possibilita estar a serviço da Igreja de Cristo em diversos locais do mundo.

Conheça

TEOLOGIA VOCACIONAL

A Vocação Cristã não se limita aos dons ministeriais ou ao Ministério Ordenado. Na verdade, uma das grandes contribuições de Lutero para a teologia cristã foi uma visão bíblica da vocação, na qual cada pessoa, cada profissão e cada ato da Igreja no mundo é parte da missão do Deus Trinitariano na História. Esse curso irá transformar sua visão da vida e da vocação cristãs.

Conheça
Imagem

terça-feira

Qual Tradução da Bíblia Usar?


Rev. Marcelo Lemos

Alguns grupos cristãos debatem energicamente sobre qual melhor tradução da Bíblia está disponível hoje. Para os de Língua Portuguesa, há quem defenda que somente a Tradução Ameida Corrigida Fiel (ACF) deve ser aceita, e que as demais foram corrompidas e fazem parte de uma conspiração contra o Evangelho. Em Inglês, especialmente nos Estados Unidos, há um forte movimento chamado "KJV-only", cujos advogados alegam que somente a tradução chamada King James Version é inspirada pelo Espírito Santo.

Por outro lado, percebe-se uma verdadeira Babel de traduções na Igreja. Sem entrar no mérito ou desmérito das traduções disponíveis, o fato é que existe uma grande confusão atualmente. Pense, por exemplo, nas implicações liturgicas. É comum que as Igrejas hoje não consigam mais fazer uma leitura responsiva da Bíblia, e isso porque cada membro da comunidade leva sua tradução preferida: ARA, ACF, NVI, NTLH, e assim por diante. Com isso, muito da tradição espiritual e liturgica da Igreja corre o risco de se perder, ou de não ter mais a eficácia de tempos passados.

Por essas e outras razões é comum que as Igrejas adotem medidas para lidar com a questão. No Brasil, a Free Church of England - também chamada Igreja Anglicana Reformada do Brasil -, possui uma resolução (no Sínodo de 2013) a respeito das traduções bíblicas autorizadas para o uso liturgico em suas comunidades e paróquias. O documento, disponível para leitura no site, começa explicando as razões para tal resolução existir. São duas:

1. "Diante da grande diversidade de traduções e versões da Bíblia em Língua Portuguesa".

2. "E devido a necessidade de manter os padrões bíblicos na educação cristã, no discipulado, [na] pregação e [na] formação teológica".

Por essas duas razões, a Igreja decidiu selecionar quais versões bíblicas podem ser utilizadas, permitindo, porém, que o uso de outras possam ser solicitadas ao Bispo para "evangelismo e catequese". No entanto, mesmo nestes casos elas não podem ser utilizadas "na pregação, na educação cristã e na formação teológica".

As traduções autorizadas pela Free Church of Englan, no Brasil, são quatro, uma oficial, e outras três alternativas: Bíblia Almeida Século 21 (oficial, para uso em documentos da Igreja, ordenações, etc), Almeida Revista e Atualizada (ARA), Almeida Corrigida Fiel (ACF), e ainda a Tradução Brasileira.

Evidentemente essa resolução diz respeito exclusivamente aos ministros e comunidades sob a jurisdição da Free Church of England, no entanto, também aqueles que não são anglicanos podem tirar algumas lições valiosas a respeito:

Não existe tradução perfeita.


Algumas traduções são melhores que outras, mas nenhuma delas é perfeita. É preciso reconhecer que as traduções bíblicas são produto do trabalho humano, e depende das habilidades de tradução empregadas, dos recursos linguísticos, arqueológicos e documentais disponíveis, e até mesmo da teologia que motiva o empreendimento. Quando uma Igreja ou grupo elege apenas uma tradução como confiável, ou pior ainda, como sendo "perfeita", está fechando os olhos para as evidências, e corre o risco de reproduzir erros cometidos por compiladores e tradutores do passado, ou do presente.

É bom que aqueles que estudam as Escrituras tenham a sua disposição diferentes traduções bíblicas, se possível em mais de um idioma, inclusive em grego e hebraico. Por algum motivo, Deus não quis que os autógrafos dos autores bíblicos fossem preservados, deixando-nos o acesso apenas as suas cópias. Foi através dessas cópias que Deus preservou Sua Palavra para nós, e precisamos dedicar nossos esforços para conhecê-los cada vez melhor. Proibir a investigação bíblica, e o acesso à diferentes familias de manuscritos e traduções, jamais foi exigido por Deus, tratando-se somente de mais uma tradição humana motivada pelo legalismo religioso.

A necessidade de cautela.


A resolução da FCE que estamos usando como referência cita a necessidade de manter "padrões bíblicos" no ensino, na pregação, na formação teológica. Essa cautela é importante, pois além das traduções não serem perfeitas, não é incomum que algumas adotem principios de tradução menos precisos, ou que optem por inserir na tradução as opiniões teológicas dos tradutores. Quem traduziu? Como traduziu? Que compromissos teológicos e ideológicos utilizaram? Todas essas são perguntas legítimas na hora de analisar essa ou aquela tradução das Escrituras.

Um cuidado ainda maior deve ser tomado com relação as chamadas Bíblias de estudo, muitas vezes grandes auxílios para o estudante, mas cujos comentários não devem ser tomados como verdade inconstestável.

Deve ser notado que essa cautela, no entanto, permite o uso em determindas situações de outras traduções da Bíblia, se o Bispo assim autorizar. Ou seja, a FCE não pretende demonizar essa ou aquela versão, esse ou aquele tradutor, mas buscar a harmonia, o consenso e a segurança doutrinária. Em outras palavras, é possível ser cauteloso e responsável sem incorrer no erro de determinados grupos.


Sobre a necessidade de harmonia.


Se por um lado aqueles que proibem novas traduções das Escrituras incorrerem em erro, também é preciso ficar atento às possíveis confussões causadas pelo uso indiscrimidado de diversas traduções. Isso vale especialmente para o uso das Escrituras nos serviços liturgicos. A resolução tomada pela FCE em 2013 é muito sábia ao definir exatamente quais podem ser selecionadas para o exercío da pregação e do ensino.

No entanto, de nada valerá que uma Igreja possa optar entre essas quatro traduções - ou outras - se não houve harmonia na escolha. É verdade que cada ministro e paróquia da FCE pode escolher entre a BS21 e a ACF, ou entre ARA e a TB, mas que utilidade terá essa liberdade de escolha se não for usada com harmonia? De que adianta um Leitor ir ao púlpito com sua Século 21, enquanto o reitor da paróquia prega a partir da Corrigida Fiel? Como a Igreja irá acompanhar harmonicamente o serviço, se há duas, três ou quatro versões nas mãos das pessoas? Em outras palavras, o ideal é que, dentro das opções, cada Igreja decida por aquela tradução que mais se adequa ao seu contexto.

Observações finais.


Diante da leitura do documento supra citado, fica claro a preferência da FCE/IARB pela Bíblia Século 21. Julgo ser esta uma preferência justificável. Trata-se de uma tradução que mantém o estilo clássico das traduções "Almeida", e trás uma linguagem mais acessível, com atualizações que fazem a diferença - bem mais, na minha opinião, do que aquelas que encontramos na Almeida Revista e Atualizada.

O ponto acima é importante, pois uma tradução não precisa ser apenas fiel, mas também acessível à média das pessoas. Uma tradução elegante, com linguagem rebuscada e todo o resto, mas que se mostra de difícil compreensão para o povo comum, mais atrapalha. E creio que a Século 21 consegue equilibrar as duas coisas, estilo e clareza.

Há, admito, em minha preferência pelas traduções "Almeida" uma escolha estética. Devido seu longo uso, e ao estilo próprio e consagrado, as traduções "Almeida" são facilmente reconhecíveis, e fazem parte da tradição espiritual dos protestantes brasileiros. Creio que isso deva ser levado em conta, e valorizado, ainda que sem cair no erro de grupos fundamentalistas. Dito isso, não vejo com bons olhos pregadores e lideranças eclesiásticas que tentam impor novas traduções a seu bel prazer. De certo modo, as traduções bíblicas que utilizamos acabam tornando-se parte de nossa identidade religiosa, mística e cultural; desconsiderar isso é um crime.

Encerrando, quero acreditar que novas e confiáveis traduções continuarão surgindo, para benefício da Igreja, e do mundo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário, teremos prazer de publicar sua opinião, e se preciso, responder. Envie-nos sugestoes, ou perguntas a respeito da Igreja Anglicana Reformada do Brasil, e da Free Church Of England.

Total Pageviews

História, Liturgia e Espiritualidade.

Category List

Labels

Blogroll

About

Blogger templates

Formulário de contato

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Olhar Anglicano

História, Liturgia e Espiritualidade.

Pesquisar este blog

Tecnologia do Blogger.

Arquivo Anual


Aviso Legal

Baseado nas garantias fundamentais da Constituição Federal (1988), esse blog vale-se do direito de liberdade de expressão, cuidando para não ferir, sob qualquer pretexto, os direitos de outrem.

O conteúdo aqui publicado pode ser reproduzido livremente, desde que seu uso não tenha fins comerciais.

Series Especiais

Autores

Marcelo Lemos, presbítero da FCE/IARB, é o editor principal do blog e publicamos artigos de diversos autores, inclusive de outras tradições cristãs, desde que condizentes com a linha editorial e teológica que adotamos.

Caso tenha interesse em ter seu texto publicado, favor contactar o editor.

Denunciar abuso

Artigos Mais lidos

Páginas

terça-feira

Qual Tradução da Bíblia Usar?


Rev. Marcelo Lemos

Alguns grupos cristãos debatem energicamente sobre qual melhor tradução da Bíblia está disponível hoje. Para os de Língua Portuguesa, há quem defenda que somente a Tradução Ameida Corrigida Fiel (ACF) deve ser aceita, e que as demais foram corrompidas e fazem parte de uma conspiração contra o Evangelho. Em Inglês, especialmente nos Estados Unidos, há um forte movimento chamado "KJV-only", cujos advogados alegam que somente a tradução chamada King James Version é inspirada pelo Espírito Santo.

Por outro lado, percebe-se uma verdadeira Babel de traduções na Igreja. Sem entrar no mérito ou desmérito das traduções disponíveis, o fato é que existe uma grande confusão atualmente. Pense, por exemplo, nas implicações liturgicas. É comum que as Igrejas hoje não consigam mais fazer uma leitura responsiva da Bíblia, e isso porque cada membro da comunidade leva sua tradução preferida: ARA, ACF, NVI, NTLH, e assim por diante. Com isso, muito da tradição espiritual e liturgica da Igreja corre o risco de se perder, ou de não ter mais a eficácia de tempos passados.

Por essas e outras razões é comum que as Igrejas adotem medidas para lidar com a questão. No Brasil, a Free Church of England - também chamada Igreja Anglicana Reformada do Brasil -, possui uma resolução (no Sínodo de 2013) a respeito das traduções bíblicas autorizadas para o uso liturgico em suas comunidades e paróquias. O documento, disponível para leitura no site, começa explicando as razões para tal resolução existir. São duas:

1. "Diante da grande diversidade de traduções e versões da Bíblia em Língua Portuguesa".

2. "E devido a necessidade de manter os padrões bíblicos na educação cristã, no discipulado, [na] pregação e [na] formação teológica".

Por essas duas razões, a Igreja decidiu selecionar quais versões bíblicas podem ser utilizadas, permitindo, porém, que o uso de outras possam ser solicitadas ao Bispo para "evangelismo e catequese". No entanto, mesmo nestes casos elas não podem ser utilizadas "na pregação, na educação cristã e na formação teológica".

As traduções autorizadas pela Free Church of Englan, no Brasil, são quatro, uma oficial, e outras três alternativas: Bíblia Almeida Século 21 (oficial, para uso em documentos da Igreja, ordenações, etc), Almeida Revista e Atualizada (ARA), Almeida Corrigida Fiel (ACF), e ainda a Tradução Brasileira.

Evidentemente essa resolução diz respeito exclusivamente aos ministros e comunidades sob a jurisdição da Free Church of England, no entanto, também aqueles que não são anglicanos podem tirar algumas lições valiosas a respeito:

Não existe tradução perfeita.


Algumas traduções são melhores que outras, mas nenhuma delas é perfeita. É preciso reconhecer que as traduções bíblicas são produto do trabalho humano, e depende das habilidades de tradução empregadas, dos recursos linguísticos, arqueológicos e documentais disponíveis, e até mesmo da teologia que motiva o empreendimento. Quando uma Igreja ou grupo elege apenas uma tradução como confiável, ou pior ainda, como sendo "perfeita", está fechando os olhos para as evidências, e corre o risco de reproduzir erros cometidos por compiladores e tradutores do passado, ou do presente.

É bom que aqueles que estudam as Escrituras tenham a sua disposição diferentes traduções bíblicas, se possível em mais de um idioma, inclusive em grego e hebraico. Por algum motivo, Deus não quis que os autógrafos dos autores bíblicos fossem preservados, deixando-nos o acesso apenas as suas cópias. Foi através dessas cópias que Deus preservou Sua Palavra para nós, e precisamos dedicar nossos esforços para conhecê-los cada vez melhor. Proibir a investigação bíblica, e o acesso à diferentes familias de manuscritos e traduções, jamais foi exigido por Deus, tratando-se somente de mais uma tradição humana motivada pelo legalismo religioso.

A necessidade de cautela.


A resolução da FCE que estamos usando como referência cita a necessidade de manter "padrões bíblicos" no ensino, na pregação, na formação teológica. Essa cautela é importante, pois além das traduções não serem perfeitas, não é incomum que algumas adotem principios de tradução menos precisos, ou que optem por inserir na tradução as opiniões teológicas dos tradutores. Quem traduziu? Como traduziu? Que compromissos teológicos e ideológicos utilizaram? Todas essas são perguntas legítimas na hora de analisar essa ou aquela tradução das Escrituras.

Um cuidado ainda maior deve ser tomado com relação as chamadas Bíblias de estudo, muitas vezes grandes auxílios para o estudante, mas cujos comentários não devem ser tomados como verdade inconstestável.

Deve ser notado que essa cautela, no entanto, permite o uso em determindas situações de outras traduções da Bíblia, se o Bispo assim autorizar. Ou seja, a FCE não pretende demonizar essa ou aquela versão, esse ou aquele tradutor, mas buscar a harmonia, o consenso e a segurança doutrinária. Em outras palavras, é possível ser cauteloso e responsável sem incorrer no erro de determinados grupos.


Sobre a necessidade de harmonia.


Se por um lado aqueles que proibem novas traduções das Escrituras incorrerem em erro, também é preciso ficar atento às possíveis confussões causadas pelo uso indiscrimidado de diversas traduções. Isso vale especialmente para o uso das Escrituras nos serviços liturgicos. A resolução tomada pela FCE em 2013 é muito sábia ao definir exatamente quais podem ser selecionadas para o exercío da pregação e do ensino.

No entanto, de nada valerá que uma Igreja possa optar entre essas quatro traduções - ou outras - se não houve harmonia na escolha. É verdade que cada ministro e paróquia da FCE pode escolher entre a BS21 e a ACF, ou entre ARA e a TB, mas que utilidade terá essa liberdade de escolha se não for usada com harmonia? De que adianta um Leitor ir ao púlpito com sua Século 21, enquanto o reitor da paróquia prega a partir da Corrigida Fiel? Como a Igreja irá acompanhar harmonicamente o serviço, se há duas, três ou quatro versões nas mãos das pessoas? Em outras palavras, o ideal é que, dentro das opções, cada Igreja decida por aquela tradução que mais se adequa ao seu contexto.

Observações finais.


Diante da leitura do documento supra citado, fica claro a preferência da FCE/IARB pela Bíblia Século 21. Julgo ser esta uma preferência justificável. Trata-se de uma tradução que mantém o estilo clássico das traduções "Almeida", e trás uma linguagem mais acessível, com atualizações que fazem a diferença - bem mais, na minha opinião, do que aquelas que encontramos na Almeida Revista e Atualizada.

O ponto acima é importante, pois uma tradução não precisa ser apenas fiel, mas também acessível à média das pessoas. Uma tradução elegante, com linguagem rebuscada e todo o resto, mas que se mostra de difícil compreensão para o povo comum, mais atrapalha. E creio que a Século 21 consegue equilibrar as duas coisas, estilo e clareza.

Há, admito, em minha preferência pelas traduções "Almeida" uma escolha estética. Devido seu longo uso, e ao estilo próprio e consagrado, as traduções "Almeida" são facilmente reconhecíveis, e fazem parte da tradição espiritual dos protestantes brasileiros. Creio que isso deva ser levado em conta, e valorizado, ainda que sem cair no erro de grupos fundamentalistas. Dito isso, não vejo com bons olhos pregadores e lideranças eclesiásticas que tentam impor novas traduções a seu bel prazer. De certo modo, as traduções bíblicas que utilizamos acabam tornando-se parte de nossa identidade religiosa, mística e cultural; desconsiderar isso é um crime.

Encerrando, quero acreditar que novas e confiáveis traduções continuarão surgindo, para benefício da Igreja, e do mundo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário, teremos prazer de publicar sua opinião, e se preciso, responder. Envie-nos sugestoes, ou perguntas a respeito da Igreja Anglicana Reformada do Brasil, e da Free Church Of England.

Qual Tradução da Bíblia Usar?

Rev. Marcelo Lemos Alguns grupos cristãos debatem energicamente sobre qual melhor tradução da Bíblia está disponível hoje. Para os d...

NAMS | Academia de Liderança