Rev. Marcelo Lemos
Militantes petistas reclamam de "teoria da conspiração" quando algum analista sugere que o sonho mais radical do partido é transformar o Brasil numa nova Venezuela, ou até mesmo em uma nova Cuba. E, pelo visto, parece existir mesmo uma força conspiratória em andamento, mas não é por parte dos críticos do partido, e sim por parte de seus próprios militantes.
Tivemos acesso a uma cartilha produzida para o 5º Congresso Nacional do PT (11 a 13 de Julho de 2015), publicada sob o nome de "Caderno de Teses - Um Partido Para Tempos de Guerra". A partir da página 160, militantes do Partido dos Trabalhadores, denominados Esquerda Marxista, defendem teses comunistas como, por exemplo, a estatização de meios de comunicação, especificamente a estatização da Rede Globo. Não é de hoje que muitos tem alertado para o risco que tais radicais representam para a via democrática, para a liberdade de expressão, e também para a liberdade religiosa no Brasil. Uma das teses defende "dobrar ou derrotar o Congresso Nacional e todas as instituições".
Assustador? É só o começo! Veja algumas outras teses publicadas para debate no congresso petista, incluindo uma que prega a discriminação religiosa no Brasil.
Exigem que o Brasil dê um calote.
O Brasil deve romper com "o pagamento das Dívidas interna e externa que alimentam vampiros especuladores e coloque todo o dinheiro para Transporte, Saúde e Educação, públicos e gratuitos para todos".

Imagine que você pegou R$ 1000,00 com sua mãe para ajudar a pagar sua divida de R$ 10,000 com um banco. Pergunta: se você pagar o dinheiro que pegou com sua mãe poderá dizer que não deve mais ao banco? Claro que não. Mesmo assim, o PT enganou os brasileiros dizendo que o Governo Lula havia quitado a divida externa do Brasil.
"A dívida externa nunca foi paga" - afirma o Senador Álvaro Dias - "era de 212 bilhões de dolares quando Lula assumiu, e está em 331 bilhões de dolares. Já a divida interna disparou, dos 800 bilhões de reais no final da gestão de FCH para os estratosféricos 2,2 trilhões de hoje".
Perseguir capitalistas, e colocar o MST no poder.
Querem também que o governo demita "ministros capitalistas" e rompa relações com "os partidos do capital", a fim de poder "constituir um governo apoiado nas organizações populares, na CUT, no MST, entre outras".
Mais perguntas se avolumam, por exemplo: Se o PT transformou uma dívida de 212 bilhões em uma dívida de 331 bilhões, como não classificar também ele como um "partido do capital"? Se o PT conseguiu afundar mais o Brasil em dívidas que todos os "partidos do capital" juntos, devemos também combater o PT, certo?
Além disso, observa-se que o documento não fala de constituir um Governo apoiado "por" entidades como o MST, e outras ainda mais radicais. O PT não tem vergonha de admitir que é apoiado pelo MST, e que o MST - apesar de ilegal e criminoso - apoia o PT.
Mas o documento vai ainda mais longe, afirmando desejar um Governo apoiado "nas" tais organizações supostamente populares. Ora, se devemos levar a Língua Portuguesa a sério, o que o documento publicado por tais militantes deseja é, na prática, elevar uma organização sem existência jurídica, e portanto clandestina e ilegal, ao status de Governo.
Exigem a interferência do Partido no Poder Judiciário, que pela Constituição, deve ser independente
Nem precisa de comentário, eu acho: "Exigir publicamente e combater pelo impeachment dos ministros do STF que votaram na farsa da AP 470", uma tese simplesmente assustadora.
Exigem ainda que os ladrões ligados ao PT sejam liberados
"Exigir... a liberdade imediata e anulação da sentença dos dirigentes do PT".
Perseguir Ministros da Justiça que condenaram crimes cometidos pelo Partido - crimes, alias, confessados pelos petistas, como o de caixa dois, e ainda conseguir no grito a liberdade de seus companheiros criminosos. Ao mesmo tempo inundam as Redes Sociais, e pronunciamentos oficiais do Governo, com a acusação de que cidadãos livres, pagadores de impostos, e sem condenação criminal no STF, estariam tentando "dar um golpe" no Governo, apenas por exercerem seu direito de livre manifestação?
Exigem financiamento para órgãos de imprensa que apoiam o Governo Petista
"Fim imediato do financiamento público a toda a imprensa burguesa (jornais e revistas) feitos através dos anúncios de publicidade estatais. Como jornais políticos que são que vivam do financiamento que receberem de seus apoiadores. Nenhum recurso público para a imprensa burguesa!"
A pergunta é: o Governo vai parar de fazer propaganda? Não! Todo governo precisa "vender seu peixe" para o povo, logo, todo Governo precisa pagar para ter publicidade em algum lugar.
Portanto, o que essa "tese" exige é que o Governo Petista repasse verba de publicidade apenas aqueles canais de tv, rádio, sites de internet, revistas e blogs que claramente apoiam as medidas petistas, os ladrões do partido que já foram condenados, e não denunciem os "mau feitos" da gestão dos camaradas. Quem fala algo contra o governo é automaticamente classificado como "imprensa burguesa" - como se um Paulo Henrique Amorim, que tanto apoio dá ao Governo, não fosse ele mesmo um burguês! Assim fica fácil governar, não é mesmo?
Exigem também a instauração da Discriminação Religiosa
Uma das teses do tal "Caderno de Teses" advoga, além da estatização da Rede Globo, a estatização também "de todas as redes, TVs e rádios religiosas, de qualquer confissão".
Deve dar um peso na consciência daqueles pastores e padres que abriram as portas de suas Igrejas, e os canais pagos com o dizimo de seus fieis para que o Partido dos Trabalhadores chegasse ao poder. Eis o tipo de "benção" que tais homens de Deus profetizam sobre seu próprio povo?
Finalizando, vale a pena ainda ressaltar que os autores da tal cartilha ainda citam, textualmente, três nações como exemplos a se imitar: Venezuela, Equador e Bolívia. Mas, não conte isso a seu amigo petista, talvez ele te acuse de "teórico da conspiração". Vale a pena dar destaque para duas lideranças religiosas que recentemente denunciaram o bolivarismo petista:
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