Islamismo: 5 Passos Para Reformá-lo

Olhar Anglicano | Redação

Ayaan Hirsi Ali, ex-muçulmana e critica da religião, compareceu no último dia 7 ao National Press Club, em Washington, onde propôs cinco mudanças necessárias para um reforma da religião islâmica. Olhar para suas cinco propostas pode nos ajudar a compreender melhor a mentalidade dos mais radicais da religião do Islã.

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Ayann, que nasceu na Somália, é autora do bestseller “Heretic: Why Islam Needs a Reformation Now” afirma que nos últimos anos tem tido contato com vários fieis muçulmanos que almejam um Islã reformado, capaz de viver em paz com o mundo moderno e plural. Mas, se realmente almejam tal avanço, precisam se comprometer com alguns pontos de reforma, sentencia Ayann.

Segundo a autora, os reformistas são muçulmanos que, por exemplo, discordam da postura opressora da religião para com a mulheres, e para com as minorias religiosas. Nos últimos meses o mundo tem sido assombrado pela fúria de grupos radicais contra os cristãos.

A primeira mudança proposta pela autora diz respeito ao Corão. Ela incentiva os fieis a lerem seu texto sagrado de acordo com o contexto do mesmo, reconhecendo que trata-se de uma escrita humana, ainda que inspirada. “Pode ser divinamente inspirada, mas é trabalho de mãos humanas. Maomé como um exemplo de mestre moral, depois do que fez em Meca, é coisa realmente complicada, e eu estou sendo politicamente correta...”.

A segunda mudança tem a ver com a forma como os muçulmanos encaram a vida secular. Segundo afirma, seus antigos companheiros de fé valorizam mais a vida após a morte, tendo certo desprezo pela vida mundana, o que, certamente, facilita o discurso de grupos mais radicais.

Outra mudança, a terceira, é acabar com a lei da sharia, que simplesmente impõe, pela força da lei e das armas, os costumes do Islã – inclusive sobre aqueles que pertencem a minorias religiosas. “Quando aplicada, ela se manifesta como na Arábia Saudita, no Irã, e em sua pior manifestação que é o Estado Islâmico”.

Uma quarta mudança é permitir aos acusados o direito a ampla defesa, pois em muitos lugares onde existe a sharia, a pessoa é acusada e imediatamente uma multidão enfurecia vai em seu encalço, disposta a praticar a reparação do mal. “Um homem qualquer diz: 'Essa mulher queimou o Alcorão', e uma multidão de homens correm para linchá-la”.

Em quinto, ele propõe trocar a Jihad, ou o “chamado à guerra santa” por um “chamado para a paz”.

Ayaan confessa não acreditar que tais mudanças possam ocorrer rapidamente, e que isso exigirá muitas gerações, se ocorrer. Contudo, suas propostas condizem bastante com o discurso inovador do presidente Egípcio, Abdel Fattah al-Sisi: “É possível que 1,6 bilhão de muçulmanos tentem matar o resto das pessoas, que é de 7 bilhões, a ainda sobreviver? Impossível!(...) Já disse, e repito que precisamos de uma reforma religiosa”, afirmou o presidente. No entanto, Ayaan se mostra descrente quanto a capacidade do Egito liderar um movimento nesse sentido, e deseja estar errada nesse diagnóstico.

Com informações do Christian Post.