Com informações do site da ACNA.
Se você tem acompanhado nossas publicações a respeito da relevância do anglicanismo para a atualidade certamente gostará do artigo de hoje: vamos conhecer um pouco da história de um pastor e músico evangélico que encontrou na liturgia anglicana a liberdade de servir a Deus.
Ser pastor de uma igreja evangélica não é tão simples como parece. E se o sermão não for bom? Aliás, qual o tema do próximo sermão, ou que texto bíblico pregar? Será que já usamos esse texto o mês passado? Quem convidar para cantar, pregar, dar testemunho, fazer uma oração?
Antes de conhecer a liturgia, especificamente a anglicana, o americano Eddie Kirkland convivia constantemente com questões desse tipo. São questões que todo líder de comunidades ditas "não-liturgicas" costumam enfrentar. Filho de pastor, Eddie cresceu com a música cristã em seu DNA e por muito tempo trabalhou duro para fazer seu nome no cenário gospel americano. Quando finalmente seus esforços frutificaram notou que não era bem o que desejava para sua vida: queria mesmo era ser um pastor de almas.
Para atender esse chamado Eddie precisava abrir mão de sua confortável posição como líder de louvor numa mega igreja americana, a Andy Stanley’s North Point Community Church, rumo ao desconhecido. Decidido contou à esposa e aos jovens filhos sobre sua inesperada decisão. Danielle, a esposa, o apoiou: "Estou com você 100%. Mas converse com Jesus, pois eu preciso que você tenha um plano". Ele ainda não sabia, mas foi ali que começou sua jornada rumo a Igreja Anglicana.
Os próximos anos Eddie dedicou aos estudos superiores em teologia, dos quais tirou um semestre para estuda na Inglaterra. Do outro lado do oceano passou a adorar em diversas Igrejas anglicanas e o que experimentou na liturgia mexeu profundamente com ele. Quando retornou aos Estados Unidos e para sua antiga tradição evangélica em North Point, o anglicanismo não saiu de seu coração. Assim, comprou o Livro de Oração Comum e começou a praticar as liturgias diárias [Matutinas, Vespertinas].
No dia seguinte informou sua esposa que estava sendo chamado a deixar North Point e encontrou-se com o compositor cristão Graham Kendrick, que por sua vez acabara de reunir-se com lideres de louvor anglicanos em Pittsburgh! Seu interesse pelo culto anglicano naturalmente criou naquele dia novos laços de amizade e comunhão que dariam frutos dali em diante. E assim, nos tempos que se seguiriam, por vários momentos e "coincidências" , Eddie foi tendo contato com aspectos do anglicanismo e sentia Deus confirmando seu novo chamado.
E o que mais o atraiu para a Igreja Anglicana? Foram a liberdade e a simplicidade encontradas por ele nos Sacramentos. Como ministro anglicano ele ainda continuou um líder de louvor, só que agora num contexto completamente diferente. Agora, o "sucesso" do culto não estava mais sobre o seu desempenho pessoal e isso era incrivelmente libertador. A liturgia é maior que o ministro, que é apenas um mordomo dos mistérios cristãos! Numa adoração litúrgica as pessoas são edificadas, o Evangelho pregado por meio da Palavra, a graça de Deus derramada, e nada disso depende - nem em aparência - do desempenho do pregador, do pastor, dos músicos ou de quem quer que seja.
Seja numa Catedral ou numa capela, num culto doméstico ou ao ar livre, com músicos capacitados ou sem canto algum, a liturgia mantém a mesma solenidade e espírito comum, edificando a todos que dela se aproximam como mais que mero espectadores.

Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário, teremos prazer de publicar sua opinião, e se preciso, responder. Envie-nos sugestoes, ou perguntas a respeito da Igreja Anglicana Reformada do Brasil, e da Free Church Of England.